Bem-aventurado Tomás Tzugi
Sacerdote e mártir da Terceira Ordem (1570-1627). Beatificado por Pio IX no dia 7 de julho de 1867
Tomás Tzugi nasceu em 1570 de uma família nobre de Sonongai, na Província japonesa de Omura. Recebeu educação e formação cristã no seminário dos Jesuítas e, em 1589, tornou-se terceiro franciscano.
Consagrado sacerdote, distinguiu-se como pregador excelente na cidade de Nagasaki, empregando em suas homilias uma linguagem dura ao denunciar escândalos e vícios. Por isso foi forçado a emigrar de Ficata a Chicuyen, onde continuou o seu apostolado com muito zelo.
Em 1614 estabeleceu no Japão uma violenta perseguição contra o cristianismo e grande parte dos missionários e sacerdotes foi expulsa. Tomás se mudou, então, para Macau, onde permaneceu por quatro anos. Em 1618, regressou ao Japão fingindo exercer o ofício de mercador. De imediato prosseguiu o ministério sacerdotal, disfarçando-se frequentemente e exercendo outras ocupações, especialmente as de faquir.
A extenuante perseguição, os contínuos e dolorosos contrastes, a ameaça dos espiões provocaram em Tomás uma crise de desconfiança e desespero, mas que de imediato superou com uma saudável reflexão e com trabalhos demonstrou ter conseguido um sereno equilíbrio interior.
Neste período voltou a exercer novamente seu apostolado em Nagasaki, quando a perseguição se fazia cada vez mais cruel. Um dia foi surpreendido pelos guardas do governador Feizo na casa de um cristão, Luis Maki, depois da celebração da Missa. Levado ante ao governador apóstata, confessou sua fé cristã valentemente.
Foi logo levado à prisão de Omura, onde permaneceu por 13 meses. As pressões insistentes dos familiares para tirá-lo da prisão foram em vão e o governador mandou que o sacerdote fosse transferido para Nagasaki e queimado vivo. Durante o suplício demonstrou extrema serenidade, confortando os seus companheiros de martírio, Luis e Juan Maki. Morreu recitando o salmo “Laudate Dominum omnes gentes”, no dia 7 de setembro de 1627.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
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