São José Cafasso

23 junho 2024
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Santo do Dia
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Sacerdote da Ordem Terceira de São Francisco (1811-1860), canonizado por Pio XII em 22 de junho de 1947. É considerado padroeiro dos presidiários, dos presídios e das pessoas condenadas à morte.

José Cafasso nasceu a 15 de janeiro de 1811 em Castelnuovo de Asti. Foi mestre de Dom Bosco, modelo de sacerdote, guia do clero de Turim, ou antes, a “pérola do clero italiano”. Pela inocência e pureza de vida foi outro S. Luís Gonzaga; e outro S. Vicente de Paulo pela caridade para com todos, especialmente os presos e condenados à morte; um novo S. Carlos Borromeu pela austeridade de vida e reforma da Igreja; um Santo Afonso de Ligório pelo estudo da moral; um São Francisco de Sales pela doçura e bondade.

Pelo aspecto não passava dum padre franzino e pálido, com uma cifose que o fazia andar um tanto encurvado, “uma meia criatura”, como ele mesmo se definia com humildade e humor. No entanto, na breve vida de 49 anos, esse padre enfermiço e frágil realizou um monte de trabalhos duma amplidão e profundidade incríveis.

Tal como Dom Bosco, filho duma família rural, modesta e profundamente religiosa, desde criança mostrou desejo de ser padre, para se consagrar totalmente a Jesus e ao bem das almas. Com 21 anos foi ordenado sacerdote, e continuou em Turim os estudos teológicos. Poucos anos depois era assistente do teólogo Guala, e quando este se reformou, o delicado cargo passou para o jovem mestre. Cafasso foi professor de retórica e de teologia. Seguia as ideias e o exemplo de Santo Afonso de Ligório. A sua escola, além de instruir a inteligência, formava a alma, comunicando à sua volta o calor duma fé e dum entusiasmo insólitos.

Quis fazer-se filho de São Francisco inscrevendo-se na Ordem Terceira de São Francisco, como tinham feito seus ilustres confrades S. João Bosco e S. José Cottolengo. Foi reitor do colégio de Turim, mas não limitava a sua atividade a lições e a estudantes. Passava longas horas no confessionário, assediado sempre por uma multidão de gente que o procurava para celebrar o sacramento da reconciliação ou simplesmente para esclarecer dúvidas, quando não para o provocarem e ridicularizarem. Mas o encontro com Cafasso, mesmo para esses incrédulos, redundava por vezes em mudança de vida. Tanto no confessionário como nas visitas a doentes realizou inúmeras conversões.

Também foi capelão das cadeias de Turim, e dedicou a essa missão muito tempo e muito empenho. Entrava nas celas dos presos como um anjo da guarda ou como um irmão, sempre com uma palavra de consolação para todos. Nas execuções seguia o condenado no lúgubre cortejo para lhe falar e subir com ele ao patíbulo, até lhe dar o último e terno abraço antes de lhe dar a beijar o crucifixo. Por isso lhe chamaram o “santo dos condenados à morte” ou “o santo da forca”. No dia 23 de junho de 1860, com 49 anos de idade, morria serenamente esse “padrezinho” que fora mestre, benfeitor, professor, diretor espiritual, confessor abnegado, patrono das cadeias e dos condenados à morte.

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