Naquele tempo,
Jesus disse a seus discípulos:
“Naqueles dias, depois da grande tribulação,
o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais,
as estrelas começarão a cair do céu
e as forças do céu serão abaladas.
Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens
com grande poder e glória.
Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra
e reunirá os eleitos de Deus,
de uma extremidade à outra da terra.
Aprendei, pois, da figueira esta parábola:
quando seus ramos ficam verdes
e as folhas começam a brotar,
sabeis que o verão está perto.
Assim também, quando virdes acontecer essas coisas,
ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo,
às portas.
Em verdade vos digo,
esta geração não passará até que tudo isto aconteça.
O céu e a terra passarão,
mas as minhas palavras não passarão.
Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe,
nem os anjos do céu, nem o Filho,
mas somente o Pai”.
E nós, irmãos e irmãs, perguntemo-nos: no que estamos a investir a nossa vida? Em coisas que passam, como dinheiro, sucesso, aparência, bem-estar físico? Disto, nada levaremos. Estamos apegados às coisas terrenas, como se vivêssemos aqui para sempre? Enquanto somos jovens, saudáveis, tudo está bem, mas quando chega o momento da despedida devemos deixar tudo. A Palavra de Deus hoje adverte-nos: a cena deste mundo passa. E só o amor permanecerá. Basear a própria vida na Palavra de Deus, portanto, não é fugir da história, é imergir-se nas realidades terrenas para as tornar sólidas, para as transformar com amor, imprimindo-lhes o sinal da eternidade, o sinal de Deus. Eis, então, um conselho para fazer as escolhas importantes. Quando não sei o que fazer, como fazer uma escolha definitiva, uma escolha importante, uma escolha que envolve o amor de Jesus, o que devo fazer? Antes de decidirmos, imaginemos que estamos perante Jesus, como no final da vida, perante Aquele que é amor. E pensando em nós mesmos ali, na sua presença, no limiar da eternidade, tomamos a decisão para o hoje. É assim que devemos decidir: olhando sempre para a eternidade, olhando para Jesus. Pode não ser o mais fácil, o mais imediato, mas será aquela boa, sem dúvida. (Angelus de 14 de novembro de 2021)
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