Quando se completaram os dias
para a purificação da mãe e do filho,
conforme a Lei de Moisés,
Maria e José levaram Jesus a Jerusalém,
a fim de apresentá-lo ao Senhor.
Conforme está escrito na Lei do Senhor:
“Todo primogênito do sexo masculino
deve ser consagrado ao Senhor.”
Foram também oferecer o sacrifício
– um par de rolas ou dois pombinhos –
como está ordenado na Lei do Senhor.
Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão,
o qual era justo e piedoso,
e esperava a consolação do povo de Israel.
O Espírito Santo estava com ele
e lhe havia anunciado que não morreria
antes de ver o Messias que vem do Senhor.
Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo.
Quando os pais trouxeram o menino Jesus
para cumprir o que a Lei ordenava.
Simeão tomou o menino nos braços
e bendisse a Deus:
“Agora, Senhor, conforme a tua promessa,
podes deixar teu servo partir em paz;
porque meus olhos viram a tua salvação,
que preparaste diante de todos os povos:
luz para iluminar as nações
e glória do teu povo Israel”.
Ao povo que esperava a salvação do Senhor, os profetas anunciavam a sua vinda, como afirma o profeta Malaquias: «Entrará no seu santuário o Senhor, que vós procurais, e o mensageiro da aliança, que vós desejais. Ei-lo que chega!» (3, 1). Simeão e Ana são imagem e figura desta expetativa. Veem entrar o Senhor no seu santuário e, iluminados pelo Espírito Santo, reconhecem-No no Menino que Maria traz ao colo. Esperaram por Ele durante toda a vida: Simeão, homem «justo e piedoso que esperava a consolação de Israel» (Lc 2, 25), e Ana, que «não se afastava do templo» (Lc 2, 37). Faz-nos bem contemplar estes dois anciãos, pacientes na expetativa, vigilantes no espírito e perseverantes na oração. O seu coração manteve-se desperto, como uma tocha sempre acesa. São de idade avançada, mas têm a juventude do coração; não se deixam desgastar pelos dias, porque, na expetativa, os seus olhos permanecem voltados para Deus. (Homilia de 2 de fevereiro de 2024)