Liberato nasceu em Loro Piceno, Província de Macerata, nas Marcas. Vestiu o hábito franciscano em Soffiano, lugar solitário ao redor Sarnano, onde ainda hoje se vêm os restos de um antigo conventinho.
Era 1234, quando o jovem Liberato guiado pelo Espírito Santo, renunciou às terras e bens que tinham sido dadas a ele por seu tio Fidesmido e as transferiram para seu irmão Walter, escolhendo para viver o convento de Roccabruna, na arquidiocese de Urbino. Consagrado sacerdote e disposto a dedicar a vida à penitência e à contemplação, retirou-se para o eremitério de Soffiano, não muito longe do castelo de Brunforte, onde sua vida era mais celestial do que terrena.
Os “Fioretti” nos relacionam alguns detalhes de sua vida: “No eremitério de Soffiano havia antigamente um irmão menor (Liberato de Loro Piceno) de grande santidade e graça, que parecia completamente divinizado, como muitas vezes ao estar em êxtase. E aconteceu que, enquanto ele estava falando com Deus, porque ele possuía em grau notável a graça da contemplação, vinham a ele os pássaros de toda espécie e posavam confiantemente em seus ombros, cabeça, braços e mãos, passando a cantar maravilhosamente. Ele gostava muito da solidão e raramente falava, mas quando perguntavam algo, respondia com tanta graça e sabedoria, que mais parecia um anjo que um homem, e viveu muito dedicado à oração e à contemplação. Os irmãos o tinham em grande reverência”.
No final de sua vida virtuosa tinha 45 anos, caiu enfermo, a ponto de não ser capaz de tomar qualquer alimento. Ele se recusou a receber qualquer medicamento e colocou toda a sua confiança no médico celestial, Jesus Cristo e Sua Mãe Santíssima, que mereceu, pela misericórdia divina, ser milagrosamente visitado e confortado. Ao se preparar para a morte com todo o seu coração e com a maior devoção, apareceu a gloriosa Virgem Maria, cercado por grande multidão de anjos e virgens santas, em meio brilho maravilhoso, e se aproximou de seu cama. Ao vê-la, ele experimentou grande consolo e alegria de alma e corpo, e começou a pedir humildemente que o tirasse da prisão desta carne miserável. E ouviu de Maria: “Não temas, meu filho, a tua oração foi ouvida, e eu vim para te confortar antes de sua partida desta vida’” Em 06 de setembro de 1258 serenamente passou desta vida para a felicidade eterna.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.https://franciscanos.org.br