Naquele tempo,
chamou Jesus a multidão com seus discípulos
e disse:
“Se alguém me quer seguir,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.
Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la;
mas quem perder a sua vida por causa de mim
e do Evangelho, vai salvá-la.
Com efeito, de que adianta ao homem
ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?
E o que poderia o homem dar
em troca da própria vida?
Se alguém se envergonhar de mim
e das minhas palavras
diante dessa geração adúltera e pecadora,
também o Filho do Homem se envergonhará dele,
quando vier na glória do seu Pai
com seus santos anjos”.
Disse-lhes Jesus:
“Em verdade vos digo,
alguns dos que aqui estão,
não morrerão sem antes terem visto o Reino de Deus
chegar com poder”.
A Bíblia admoesta-nos desde o início. Pensemos na narração da Torre de Babel (cf. Gn 11, 1-9) que descreve o que acontece quando procuramos alcançar o céu – a nossa meta – ignorando a ligação com o humano, com a criação e com o Criador. É um modo de dizer: isto acontece todas as vezes que alguém quer subir, subir sem ter os outros em consideração. Só eu! Pensemos na torre. Construímos torres e arranha-céus, mas destruímos a comunidade. Unificamos edifícios e línguas, mas mortificamos a riqueza cultural. Queremos ser senhores da Terra, mas arruinamos a biodiversidade e o equilíbrio ecológico. […] O Pentecostes está diametralmente oposto a Babel […] O Espírito cria unidade na diversidade, cria harmonia. Na narração da Torre de Babel não havia harmonia; havia aquele ir em frente para ganhar. Ali o homem era um mero instrumento, uma simples “força de trabalho”, mas aqui, no Pentecostes, cada um de nós é um instrumento, mas um instrumento comunitário que participa inteiramente na construção da comunidade. […] No Pentecostes, Deus faz-se presente e inspira a fé da comunidade unida na diversidade e na solidariedade.
(Audiência Geral de 2 de setembro de 2020)
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