Naquele tempo,
os discípulos tinham se esquecido de levar pães.
Tinham consigo na barca apenas um pão.
Então Jesus os advertiu:
“Prestai atenção e tomai cuidado
com o fermento dos fariseus
e com o fermento de Herodes”.
Os discípulos diziam entre si:
“É porque não temos pão”.
Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes:
“Por que discutis sobre a falta de pão?
Ainda não entendeis e nem compreendeis?
Vós tendes o coração endurecido?
Tendo olhos, vós não vedes,
e tendo ouvidos, não ouvis?
Não vos lembrais
de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas?
Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?”
Eles responderam:
“Doze”.
Jesus perguntou:
E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas,
quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?
Eles responderam:
“Sete.”
Jesus disse:
“E vós ainda não compreendeis?”
A vontade do Senhor é a compaixão: “Misericórdia eu quero e não sacrifício”. E um coração sem compaixão é um coração idolátrico, é um coração autossuficiente, que vai em frente sendo sustentado por seu próprio egoísmo, que só se fortalece com ideologias. […] Quando o coração se endurece, ele esquece. Esquece-se da graça da salvação, esquece-se da gratuidade, o coração duro leva a brigas, leva a guerras, leva ao egoísmo, leva à destruição do irmão, porque não há compaixão. A maior mensagem de salvação é que Deus teve compaixão de nós. Aquele refrão do Evangelho, quando Jesus vê uma pessoa, uma situação dolorosa, “ele teve compaixão dela”. […]
Cada um de nós tem algo endurecido no coração. Recordemo-nos para que seja o Senhor a dar-nos o coração justo e sincero onde o Senhor habita. Nos corações duros, o Senhor não pode entrar, nos corações ideológicos, o Senhor não pode entrar. O Senhor só entra em corações que são como o Seu coração, os corações compassivos, os corações que têm compaixão, os corações abertos. Que o Senhor nos conceda essa graça. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 18 de fevereiro de 2020)
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