Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’,
entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática
a vontade de meu Pai que está nos céus.
Portanto, quem ouve estas minhas palavras
e as põe em prática,
é como um homem prudente,
que construiu sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as enchentes,
os ventos deram contra a casa,
mas a casa não caiu,
porque estava construída sobre a rocha.
Por outro lado,
quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática,
é como um homem sem juízo,
que construiu sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, vieram as enchentes,
os ventos sopraram e deram contra a casa,
e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”
Esta figura da rocha refere-se ao Senhor. Isaías, na Primeira Leitura, diz o seguinte: “Confiem sempre no Senhor, pois o Senhor é uma rocha eterna! A rocha é Jesus Cristo! A rocha é o Senhor! Uma palavra é forte, dá vida, pode ir em frente, pode suportar todos os ataques se tiver suas raízes em Jesus Cristo. Uma palavra cristã que não tem suas raízes vitais, na vida de uma pessoa, em Jesus Cristo, é uma palavra cristã sem Cristo! E as palavras cristãs sem Cristo enganam, elas machucam! Um escritor inglês disse certa vez sobre heresias que uma heresia é uma verdade, uma palavra, que enlouqueceu. Quando as palavras cristãs são sem Cristo, começam a empreender o caminho da loucura. […] Uma palavra cristã sem Cristo leva-nos à vaidade, à segurança de nós mesmos, ao orgulho, ao poder pelo poder. E o Senhor abate estas pessoas. Isso é uma constante na história da Salvação. Diz Ana, mãe de Samuel; e Maria no Magnificat: o Senhor abate a vaidade, o orgulho daquelas pessoas que acreditam que são rocha. Estas pessoas que só seguem uma palavra, sem Jesus Cristo: uma palavra que é cristã, mas sem Jesus Cristo, sem a relação com Jesus Cristo; sem a oração com Jesus Cristo; sem o serviço a Jesus Cristo; sem o amor a Jesus Cristo. O que o Senhor nos diz hoje é um convite a construir a nossa vida sobre esta rocha. E a rocha é Ele. […] Com a humildade de sermos discípulos salvos e de ir em frente não com palavras que, acreditando ser poderosos terminam na loucura da vaidade, na loucura do orgulho. Que o Senhor nos dê esta graça da humildade de dizer palavras com Jesus Cristo. Fundadas em Jesus Cristo! (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 5 de dezembro de 2013)
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