A insubstituível especificidade da contribuição feminina para o bem comum é inegável. Já o vemos na Sagrada Escritura, onde são frequentemente as mulheres que determinam importantes pontos de viragem em momentos decisivos da história da salvação. Pensemos em Sara, Rebeca, Judite, Susana, Rute, para culminar com Maria e as mulheres que seguiram Jesus até à cruz, onde — notemos — dos homens só João permaneceu, os outros foram todos embora. As corajosas estavam lá: as mulheres. Na história da Igreja, pensemos em figuras como Catarina de Sena, Josefina Bakhita, Edith Stein, Teresa de Calcutá, e também nas mulheres “da porta ao lado”, que sabemos que levam em frente com tanta heroicidade matrimónios difíceis, filhos com problemas… A heroicidade das mulheres. Para além dos estereótipos de um certo estilo hagiográfico, são pessoas impressionantes por determinação, coragem, fidelidade, capacidade de sofrer e de transmitir alegria, honestidade, humildade, tenacidade.(…) A nossa história está literalmente constelada de mulheres como essas, quer famosas quer desconhecidas — mas não a Deus! — que fazem progredir o caminho das famílias, das sociedades e da Igreja.(…) Como escreveram os Padres do Concílio Vaticano II , podemos dizer que «neste momento em que a humanidade sofre uma […] profunda transformação, as mulheres […] podem tanto para ajudar a humanidade a não decair». (Discurso aos participantes no encontro promovido pela Strategic Alliance of Catholic Research Universities e pela Fundação Centesimus Annus Pro Pontefice (11 de março de 2023)