Naquele tempo,
Vendo uma multidão ao seu redor,
Jesus mandou passar para a outra margem do lago.
Então um mestre da Lei aproximou-se e disse:
“Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”.
Jesus lhe respondeu:
“As raposas têm suas tocas
e as aves dos céus têm seus ninhos;
mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.
Um outro dos discípulos disse a Jesus:
“Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”.
Mas Jesus lhe respondeu:
“Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.
«Seguir-te-ei para onde quer que vás». Generoso! Mas Jesus responde que o Filho do homem, contrariamente às raposas que têm as suas tocas e aos passarinhos que têm os seus ninhos, «não tem onde reclinar a cabeça». A pobreza absoluta de Jesus! Com efeito, Jesus deixou a casa paterna e renunciou a qualquer segurança para anunciar o Reino de Deus às ovelhas perdidas do seu povo. Assim Jesus nos indicou, a nós seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser estática, mas é itinerante. O cristão é um itinerante. A Igreja está por sua natureza em movimento, não permanece sedentária nem tranquila no próprio recinto. Está aberta aos horizontes mais vastos, enviada — a Igreja é enviada! — para levar o Evangelho pelas estradas e alcançar as periferias humanas e existenciais. (…) «Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar o meu pai». Trata-se de um pedido legítimo, fundado no mandamento de honrar o pai e a mãe. Todavia, Jesus responde: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos». Com estas palavras, deliberadamente provocadoras, Ele tenciona afirmar o primado do seguimento e do anúncio do Reino de Deus, também sobre as realidades mais importantes, como a família. A urgência de comunicar o Evangelho, que rompe a cadeia da morte e inaugura a vida eterna, não admite atrasos, mas requer prontidão e disponibilidade. Portanto, a Igreja é itinerante, e aqui a Igreja é decidida, age imediatamente, no momento, sem esperar. (Angelus de 30 de junho de 2019)
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