Santa Kinga da Polônia

22 julho 2024
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Santo do Dia
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Santa Kinga, Rainha da Polônia

Virgem e religiosa da Segunda Ordem (1224-1292). Aprovou seu culto Alexandre VIII no dia 11 de junho de 1690. Canonizada por São João Paulo II em 1999.

Santa Kinga, ou Santa Cunegunda, nasceu a 5 de março de 1224. Foi uma alta expoente da nobreza húngara. Era sobrinha de Santa Edwiges e de Santa Inês de Praga; irmã das Bem-aventuradas Iolanda e Margarida; prima de Santa Isabel de Portugal; prima e cunhada da Bem-aventurada Salomé de Cracóvia; tia de São Luís de Tolosa.

Muito trabalhou para a canonização de Santo Estanislau e Santa Edwiges. Nasceu em 1224. Casou-se com Boleslau V, o Casto, príncipe de Cracóvia, em 1239, vivendo com ele durante 40 anos em virgindade: durante a vida do casal, o casamento nunca foi consumado por decisão do casal, para servir melhor a Jesus Cristo.

Cunegunda dedicou muita atenção aos pobres e desafortunados. Uma lenda associa-a à descoberta das minas de sal de Wieliczka, na Polônia e é representada nas mesmas minas de sal de Wieliczka como em visita com a família real. Após a morte do marido, em 1279, tornou-se Clarissa, no Mosteiro de Stary Sacz, fundado por ela e o marido em Sandeck, decidindo não querer ter qualquer papel na governação do reino e desfazendo-se de todas as suas posses materiais.

Ali, porém mais tarde, precisou aceitar o cargo de abadessa. Passou o resto da sua vida em oração contemplativa, não deixando ninguém referir-se ao seu papel anterior como rainha da Polônia.

Morreu em 24 de julho de 1292, aos 68 anos. Foi declarada padroeira da Polônia e Lituânia pelo Papa Clemente XI em 1695. Foi beatificada em 1690 pelo Papa Alexandre VIII; e canonizada pelo Papa São João Paulo II em Stary Sacz no dia 16 de junho de 1999.

A Catedral de Sal, dedicada a Santa Kinga, foi talhado a 330 pés de profundidade e tem uma área de cinco mil pés quadrados e 36 pés de altura. Todas as esculturas e altares foram talhados na rocha de sal e inclusive os candelabros que a iluminam foram elaborados em cristais de sal. O templo exibe talhas do Natal, da Última Ceia, da Crucifixão e de outras cenas de vida de Cristo, além de ter uma imagem em sal de Santa Kinga da Polônia após o altar maior.

Em sua canonização, o Papa proferiu as seguintes palavras:

“Enquanto fixamos o olhar na figura de Kinga, surge um interrogativo essencial: o que a transformou numa figura que, num certo sentido, não passa? O que lhe permitiu sobreviver na memória dos polacos e, de modo particular, na memória da Igreja? Qual é o nome daquela força que resiste à lei inexorável do «tudo passa»? O nome desta força é o amor. O Evangelho hodierno, concernente às dez virgens sábias, fala precisamente do amor. Kinga foi decerto uma delas. Como elas, encaminhou-se ao encontro do Esposo divino, vigiou com a lâmpada do amor acesa, para não perder o momento da vinda do Esposo. Como elas, encontrou-O quando Ele estava a chegar e foi convidada a participar no banquete de núpcias. O amor do Esposo divino na vida da Princesa Kinga expressou-se com muitos actos de amor ao próximo. Foi precisamente aquele amor que fez com que o passar, a que está sujeito todo o homem sobre a terra, não cancelasse a sua memória. Após tantos séculos, hoje é a Igreja em terra polaca que o exprime.

«Os Santos vivem dos Santos e têm sede de santidade». Repito mais uma vez estas palavras aqui, na terra de Sacz. Kinga recebeu-a como dom em troca do dote que destinou ao socorro do país, e esta terra nunca cessou de ser sua propriedade particular. Ela cuida sempre do povo fiel que vive aqui. Como não lhe agradecer a proteção sobre as famílias, de maneira especial sobre as inúmeras famílias daqui que contam uma prole numerosa, para as quais olhamos com admiração e respeito? Como não lhe estar grato por ela impetrar para esta comunidade eclesial a graça de vocações sacerdotais e religiosas tão numerosas? Como não lhe estar reconhecido por nos reunir hoje aqui, unindo na comum oração irmãos e irmãs da Hungria, da República Tcheca, da Eslováquia e da Ucrânia, reavivando a tradição da unidade espiritual, que ela mesma formou com tanta dedicação?

Repletos de gratidão, louvamos a Deus pelo dom da santidade da Senhora desta terra e pedimos-lhe que o esplendor desta santidade continue em todos nós. No novo milênio, esta magnífica luz irradie sobre todos os confins da terra, a fim de que venham de longe visitar o santo nome de Deus (cf. Tb 13, 13) e vejam a sua glória.” (Papa São João Paulo II, Stary Sacz, 16 de junho de 1999).

Fonte: “Santos franciscanos para cada dia”, Edições Porziuncola.

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