José Ferber Adell (Frei Joaquim de Albocácer), nasceu em Albocácer, diocese de Tortosa, província de Castellón de La Plana, aos 29 de abril de 1879, sendo batizado no mesmo dia. Era o único filho do casal José Ferrer e Antônia Adell.
Tendo feito os primeiros estudos no Seminário Seráfico Capuchinho, vestiu o hábito em Massamagrell a 1º de janeiro de 1896, professando aos 3 de janeiro no ano seguinte. Emitiu a profissão perpétua aos 6 de janeiro de 1900 no convento de Santa Maria Madalena. Fez a filosofia em Totana (Múrcia) e a teologia em Orihuela (Alicante). Recebeu a ordenação sacerdotal aos 19 de dezembro de 1903 das mãos do bispo de Segorbe.
Em 1913 partiu como missionário para a Colômbia e em 1925 foi nomeado superior regular da custódia de Bogotá. Terminado seu mandato, retornou à Espanha e foi nomeado diretor do Seminário Seráfico de Massamagrell. Como diretor, procurou infundir nos seminaristas o amor á vida religiosa e o espírito missionário. “Frei Joaquim – disse José Piquer – dedicava-se no convento de Massamagrell ao ensino dos seminaristas como Diretor do referido seminário. Era incansável no trabalho do ensino aos alunos, tratando-os como um bom pai”, declara sobre ele Antônio Sales. Era lembrado como um místico: “Era uma pessoa mística, suave no trato para com todos” (Antônio Sales). Era verdadeiramente consagrado à salvação de todos. Foi uma alma eucarística: a revista Vida Eucarística fundada por ele, a adoração perpétua diurna, as horas santas, as quinta-feiras eucarísticas foram obras às quais se entregou com total generosidade.
Desencadeada a perseguição religiosa, primeiro colocou a salvo os seus seminaristas e depois rumou para Rafelbuñol (Valência) e se refugiou na casa “Piquer”, preocupando-se, dali mesmo, com seus estudantes e ocupando o tempo na oração, com plena confiança na Divina Providência. Ali foi capturado pelos milicianos aos 30 de agosto e conduzido a Albocácer com seus familiares. Depois foi transladado pelo presidente do comitê de Rafelbuñol às 10:00 horas da manhã e às 04:00 horas da tarde do mesmo dia, conduzido no mesmo carro, ao km 04 da estrada de Puebla Tornesa a Villa Famés, onde foi assassinado e sepultado no cemitério de Villa Famés. Seus restos mortais não puderam ser identificados.
Frei Joaquim, nas suas poucas horas de cárcere, tratou de animar e ajudar seus companheiros. Alguns testemunhos dizem: “Quando foi preso, sua atitude foi de máxima humildade e entrega” e, ao despedir-se de seus familiares lhes disse: “Se não nos vermos na terra, até breve na glória”.
É um dos 233 mártires valencianos beatificados por São João Paulo II em 2001.
Frei Eurípedes Otoni da Silva – OFMCap – https://franciscanos.org.br/carisma/santos-franciscanos